sábado, 23 de fevereiro de 2008

A Peleja do Frouxo x o Canalha


Hoje estive saudosa....

...dos amigos...da familia...das horas interagindo na internet, madrugada a dentro...de determinadas situacoes...do que fui por um tempo...de quem fui, nao tenho saudades...evolucao....

Dai, entro aqui e leio o halos...me deparo com pessoas queridas, as quais prezo muito e por quem tenho enorme carinho (esta faltando outras pessoas...), com palavras que me fizeram sorrir e me sentir querida... pretencao minha? Sera? Nao importa, o que importa de fato e que me senti bem ao ler voces, me reanimou, to legal! hehe....

Trouxe um texto do Xico Sa, interessante....

“Pois saibam todos vocês: prefiro um bom canalha a um homem frouxo.” A sentença de Carol, sem deixar um farelo de dúvidas sobre a mesa repleta de bebidas e acepipes, fez com que alguns de nós levássemos a mão ao queixo. como se todos virássemos, naquele instante, ingênuos pensadores de Rodin ou paralisadas estátuas de sal, como na Bíblia. Pense. Pense em um momento solene!
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A frase nem era para tanto, mas saiu tão afirmativa, tão sem dúvida ou vacilo, que balançou até a plaqueta do “Fiado só amanhã” do boteco.
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Qualquer coisa, na boca de uma mulher bonita, vira imediatamente certeza absoluta. Balança qual ventania mal-assombrada as garrafas de cachaça com raízes ou cobras, estremece o alerta do fiado –coisa dos devedores do outro mundo!-, seca o gloss, derrete qualquer batom, faz crescer os lábios da bela moça como se fosse um nariz de Pinóquio, mesmo sendo a mais absoluta verdade.
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E convenhamos que o dito de Carol não era nada comezinho ou inteiramente banal, embutia algum saber de rotina, alguma experiência, coisa de quem viveu aquilo reiteradas vezes, aquilo que chamamos vulgarmente de conhecimento de causa. Jurisprudência, eu diria, ela advogava baseada involuntariamente em decisões anteriores da Justiça, mesmo que nas decisões da instância divina, nem sempre superior ou suprema a essa altura.
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“Pois saibam todos vocês: prefiro um bom canalha a um homem frouxo.”
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Ela não repetiu a frase, não carecia, a frase ecoava como uma sentença romana e voltava a balançar as garrafas, a mexer com os presentes, os vivos e os que por ali passavam àquela altura.
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O canalha, concluímos, sem que ela dissesse mais nada, merece mais respeito porque é mais explícito, a mulher já entra na história sabendo, e ainda pode ter momentos líricos, passionais, bonitos, pois todo canalha é, no fundo, um devoto, ajoelha-se diante de uma fêmea como um romeiro diante do seu santo predileto.
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O frouxo representa, sem nenhum distanciamento, a maioria dos homens contemporâneos e o chove-não-molha da hora. O indeciso, o confuso, melhor, o “cafuso”, como dizia o velho Didi Mocó, essa gréia toda, essa onda, essa fuleiragem social clube. O fraco não se apresenta para valer no jogo, titubeia, faz que vai e acaba não “fondo”, como dizia, no seu genial futebolês, o Dedeu, um desses tantos macunaímas da bola, cearense que brilhou (pelo menos na prosódia) no Clube Náutico Capibaribe.
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Triste escolha essa: o canalha ou o fraco. Mas vai ver, amiga, tem coisa melhor por ai dando sopa. Só sei que nada sei sobre esse assunto, como diria o grego complicado. Melhor ainda, como diria Roberto Carlos das antigas: “Só agora eu sei, o que aconteceu/quem sabe menos das coisas/sabe muito mais que eu!”
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(Xico Sa - A Peleja do Frouxo x o Canalha)
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E ai, galera? Qual o melhor? O canalha ou o homem frouxo?...hihi...


Better Together.mp...

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Inte...