sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Do Amor... De Lobos... E Telefonemas...

Do Amor

Quando o vi senti uma quentura difícil de disfarçar e meu coração virou borboleta no mesmo instante em que ele me olhou. Nos minutos seguintes resolvemos que seria pra toda vida. Larguei minha fortuna e ele arranjou mais um emprego noturno. Tempos duros os primeiros. De amor, de brigas e reatamentos em cima da mesma cama onde pari nossos filhos, a mesma cama onde ele me amava depois da lida.

O fardo que carreguei nunca foi pesado para o meu corpo: sempre grávido do dele. Nunca houve cruz que eu não suportasse. Nem quando ele caminhava um passo a minha frente. Nem quando riu pela primeira vez das minhas estrias. Nada era tão difícil que eu não pudesse tolerar. Nem quando ele chegou com um gosto na boca diferente do meu.

Nem quando ele já não era mais meu.

Mariza Lourenço

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Pois logo a mim, tão cheia de garras e sonhos, coubera arrancar de seu coração a flecha farpada. De chofre explicava-se para que eu nascera com mão dura, e para que eu nascera sem nojo da dor.

Para que te servem essas unhas longas?

Para te arranhar de morte e para arrancar os teus espinhos mortais, responde o lobo homem.

Para que te serve essa cruel boca de fome?

Para te morder e para soprar a fim de que eu não te doa demais, meu amor, já que tenho que te doer, eu sou o lobo inevitável pois a vida me foi dada.

Para que te servem essas mãos que ardem e prendem?

Para ficarmos de mãos dadas, pois preciso tanto, tanto, tanto - uivaram os lobos e olharam intimidados as próprias garras antes de se aconchegarem um no outro antes de dormir.

Trecho do conto "Os Desastres de Sofia", in "Felicidade Clandestina" - Clarice Lispector
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O Telefone
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À meia-noite, pelo telefone,
Conta-me que é fulva a mata do teu púbis.
Outras notícias
do corpo não quer dar, nem de seus gostos.
Fecha-se em copas:
"Se você não vem depressa até aqui
nem eu posso correr à sua casa,
que seria de mim até o amanhecer?"
Concordo, calo-me.
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Carlos Drummond de Andrade

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Quero agradecer à queridíssima Mariza Lourenço, que mais uma vez, me autorizou a postar um dos seus belos textos aqui no Matutando... se ficaram com gostinho de "quero mais", então visitem o blog dela...

Uma musiquinha pra deixar o ambiente ainda melhor...



Inté...
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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Trabalho, Heranças e Crescimento...

Achei este artigo de relevância e quis compartilhar com vocês... é pequeno, lê-se num instante...


O tempo que sobra para viver
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Na segunda metade do século passado, depois da Segunda Guerra Mundial, as feministas brigaram por um espaço na vida pública e nas empresas. E ganharam. Agora, não precisa nem ser feminista para perceber a necessidade de outra luta: a da divisão das tarefas domésticas.

Segundo o estudo "Tempo, trabalho e afazeres domésticos" recentemente divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a realidade da mulher brasileira de jornadas duplas e triplas está longe de mudar. O trabalho tomou por base os dados da Pesquisa Nacional de Domicílios (PNAD) de 2001 a 2005 e concluiu que, na média, 54% dos homens fazem tarefas domésticas, contra mais de 90% das mulheres.
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No Nordeste estão os maridos menos participativos. Na região, menos da metade (46,7%) dos homens ajuda em casa. No Sul está o maior índice: 62% dos homens afirmaram ajudar no cotidiano doméstico. Além das diferenças regionais, a escolaridade é um fator fundamental para a divisão das tarefas. Os maridos com maior escolaridade tendem a ajudar mais do que os com menos anos de estudo.
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Já para as mulheres, a escolaridade é um fator para diminuir as horas de trabalho em casa. De acordo com os números da PNAD, mulheres com doze anos ou mais de estudo gastam 22,6 horas por semana com afazeres domésticos - como cuidar dos filhos, da casa, da comida e da roupa - cinco horas a menos do que as que têm 4 anos de escolaridade.

Estudo do IBGE comprova que mulheres têm jornada dupla. Elas gastam o mesmo número de horas de trabalho fora de casa com as tarefas domésticas. Mesmo assim, elas ainda criam os meninos para ajudar pouco nas tarefas domésticas.
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Apesar de algumas diferenças entre as próprias mulheres, os dados do estudo comprovam o que as mães que estão no mercado de trabalho já sabem: sua jornada é, pelo menos, o dobro da dos homens. Elas gastam, por semana, 31,1 horas de trabalho não-remunerado em casa, ou seja, a mesma quantidade de horas que trabalham fora de casa. Seus maridos gastam 10,9 horas com tarefas domésticas. A jornada, na verdade, pode ser até tripla, já que muitas mulheres também se responsabilizam pelo cuidado dos pais idosos.
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A técnica Cristiane Soares, uma das responsáveis pelo estudo, acredita que essa desigualdade na divisão das tarefas não mudará tão cedo. Segundo ela, o modo como meninas e meninos são criados, já leva a uma reprodução desses papéis. As meninas de 10 a 17 anos têm 6 horas a menos por semana para a lição de casa que os meninos. Isso porque elas gastam cerca de 14,3 horas semanais nos afazeres domésticos, contra 8,2 horas dos meninos. Se a mãe da menina for solteira ou divorciada, o número de horas gastas salta para 17,5 por semana.
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Artigo de autoria de Laila Abou Mahmoud
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Pois então, os maridos do futuro, são os filhos de agora... portanto, mamães e papais, ensinem seus filhos a colaborarem com os afazeres domésticos, nem que seja as tarefas mais básicas como lavar o próprio copo, prato, talheres, não deixar a toalha molhada sobre a cama, aprender a se virar na cozinha, caso necessário, e por aí vai...
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Morro e não vejo tudo...
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O que eu pensei que só acontecesse em filmes, aconteceu na vida real. Pois é, a multimilionária Leona Helmsley, dona de um império imobiliário nos Estados Unidos, morreu na semana passada (20 de agosto). Até aí tudo bem, não fosse o fato de ela ter deserdado dois netos e deixado US$ 12 milhões (cerca de R$ 24 milhões) para seu cachorrinho.
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Leona era chamada pela mídia de "rainha da maldade" e em suas últimas vontades ela fez jus ao apelido que ganhou ainda em vida dos tablóides. O principal beneficiário de sua fortuna será Trouble, o pequeno maltês branco do qual nunca se separava, segundo o jornal "Daily News".
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O irmão de Leona, Alvin Rosenthal, ficou com a guarda do cachorrinho, e na partilha, coube a ele um valor menor que o deixado para o cachorro, já que só receberá US$ 10 milhões (cerca de R$ 20 milhões). Para os netos David e Walter ela deixou US$ 5 milhões (R$ 10 milhões) para cada um, com uma condição de que eles visitem pelo menos uma vez por ano, de preferência no dia do aniversário da morte, o túmulo de seu pai. Já os outros netos, Craig e Meegan, ficaram, sem nada, chupando o dedão "por razões por eles conhecidas", ainda de acordo com suas últimas vontades da velha.
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E tem mais, quando o cachorro Trouble morrer, ele ficará ao lado de sua dona no mausoléu cercado por 12 colunas dóricas e ao qual foi destinado um fundo de US$ 3 milhões (cerca de R$ 6 milhões) para que Leona Helmsley possa assim continuar desfrutando do luxo em sua vida além-túmulo.
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É como dizia papai: quem tem tempo, cag* longe...
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Recentemente eu postei aqui no Matutando, algumas das propagandas que me marcaram, e dentre elas estava a dos Mamíferos da Parmalat, que fez muito sucesso na década de 90.

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O tempo passou e os lindinhos mamíferos cresceram... E a Parmalat vai trazer de volta a partir de hoje a campanha dos Mamíferos. Para divulgar sua nova linha de leites, a companhia reuniu as mesmas crianças que participaram dos primeiros comerciais, que foram ao ar entre os anos de 1996 a 2000 – hoje, adolescentes que têm entre 13 e 16 anos.
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A idéia do novo filme, desenvolvido pela agência África, é mostrar que os mamíferos cresceram, assim como a família de leites Parmalat.
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Para trazer perfeição às cenas do passado, a produtora do comercial criou um cenário similar. Desta vez, porém, o porco, a vaquinha, a foca, a zebra, o elefante e demais bichinhos – que hoje estão na faixa dos 15 anos – tentam colocar as fantasias, mas, obviamente, não têm sucesso, já que elas não cabem mais.
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A nova letra da música é a seguinte:
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“O elefante agora está grande
O porco cor de rosa e o macaco também estão
O panda e a vaquinha tomaram Parmalat
Assim como a foquinha, o ursinho e o leão”
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“O gato mia, o cachorro late
O rinoceronte espichou com Parmalat
Mantenha seus filhotes fortes... Vamos lá
Trate seus bichinhos com amor a Parmalat”.
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Se liga matutada, o comercial estréia hoje, na propaganda do jornal Nacional, na rede "Grobo".
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Confira Aqui a antiga versão do Comercial...
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A coisa mais linda que eu acho é esse rinoceronte forçando um sorriso! É uma lindeza!

Quero agradecer ao J.H, que me presenteou com o banner da Matutinha totalmente repaginado, Com a imagem tratada, mais leve, em tom de verde suave... eu adorei J.H, muitíssimo obrigada viu! Bjos...
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Inté...
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quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Um Novo Fim...

Hoje é comemorado, pelo décimo ano consecutivo, em todo o Brasil, o Dia da Visibilidade Lésbica.

Yáskara Guelpa, militante do Coletivo de Feministas Lésbicas e da Associação Flor do Asfalto, diz que a data é importante não só pela celebração, mas para mostrar a necessidade de uma maior atuação do movimento:

"Dentro do universo GLBT ainda a visibilidade lésbica deixa muito a desejar.

Seja porque as lésbicas ainda não são muito atuantes, seja porque o universo GLBT, quando a gente fala dos gays, existe ainda um machismo que a gente ainda não pode negar.

O Dia da Visibilidade é um dos dias mais importantes considerando que as lésbicas devem se projetar, se assumirem lésbicas".

Fonte: G Online.

Leia mais:

· Saúde da Mulher Lésbica

· Declaração de Convivência Homoafetiva

· Programação da Semana em São Paulo

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E do outro lado do mundo, duas mulheres sauditas casadas com um mesmo homem trocaram socos porque cada uma delas insistia em ser a doadora de um rim ao marido doente.

A televisão saudita "Al Arabiya" informou em seu site que a briga entre as mulheres começou depois de os médicos determinaram que o marido precisava ser submetido a um transplante de rim.

Como o marido precisa de apenas um rim, a única solução foi fazer um sorteio, no qual "venceu a que estava há mais tempo com ele".

Coube a mulher que perdeu no sorteio, doar sangue. Bom, não deixa de ser uma participação, não é?

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Eu sei que é questão de cultura, mas eu não consigo entender como desde bem cedo, crianças recebem ensinamentos de ódio, de vingança e de “patriotismo”. Ou melhor, nem desde cedo nem de jeito algum eu entendo isso. Essa menininha aí com carinha de anjo, diz que, quando crescer, quer ser médica. Se não for possível, aceita ser mártir pela causa palestina.

Seu nome é Saraa Barhoum, ela tem 11 anos de idade e é a apresentadora do programa infantil “Pioneiros do Amanhã”, transmitido pela Al Aqsa, a rede de TV do Hamas, aquele mesmo que tinha Farfour, o Mickey que ensinava as crianças a odiarem Israel e que foi morto num dos programas.

“Israel diz que somos terroristas, mas são eles que têm que parar de atacar nossas crianças”. Palavras de Saraa, numa recente entrevista divulgada na internet.

“Muitos palestinos já morreram como mártires, e muitos esperam poder ser mártires também”, disse a menina, que defendeu que as crianças israelenses deixassem o “território roubado dos palestinos”.

Em seu programa semanal, ela passa este tipo de ensinamento para as crianças da Faixa de Gaza, atualmente dominada pelo Hamas. E se Farfour (O Mickey que incitava o ódio a Israel) não está mais com ela, seu primo Nahoul, uma abelha gigante, substituiu o cargo de animal de voz aguda e irritante no programa.

Para quem não se lembra ou não viu, Farfour, como era chamado o rato que se acemelhava ao Mickey Mouse, foi assassinado por um ator vestido de militar israelense, nesse mesmo programa, no dia 29 de junho deste ano.

Ele era o protagonista do programa semanal, que passou a chamar atenção no mundo inteiro por conclamar crianças palestinas a combater Israel. O programa começou a ser exibido na Al-Aqsa em abril.

No início de maio, o governo palestino determinou o cancelamento do programa infantil, que vinha recebendo queixas de grupos israelenses. O ministro palestino da Informação, Mustafa Barghouthi, disse ter determinado a suspensão de "Pioneiros do Amanhã" para que seu conteúdo fosse revisto.

Na ocasião, a filha de Walt Disney, criador do Mickey Mouse, Diane Disney Miller, 73, atacou o uso indevido do personagem de desenho animado pela rede de TV Al-Aqsa, do Hamas, incitando o terrorismo e a aniquilação de Israel.

Segundo Miller, a apropriação do personagem criado em 1928 e que se tornou ícone da Disney e da cultura norte-americana é “puro mal”.

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Tinha que ser nos Estados Unidos...

Os aeroportos Estadunidenses oficializaram o que muita gente já achava que existia (e ficava nervosa por isso): a partir de agora, as linguagens corporal e facial dos passageiros que viajam pelo país vão ser analisadas em busca de sinais de “más intenções”.

E mais, o passageiro nunca vai saber exatamente quem vai ser o oficial responsável pela análise, desde o que entrega uma bandeja na hora de passar pelo raio-X, ou o que analisa os documentos, ou o que faz uma revista... A qualquer momento, você pode estar sendo testado.

Esses investigadores ganharam até um nome: Oficiais de Detecção de Comportamento, e receberam vários treinamentos especiais para isso.

O sistema já funciona em mais de dez aeroportos, e foi descrito como um sucesso em sua fase de testes. As pessoas consideradas suspeitas por suas “micro-expressões” são sujeitas a um controle mais rígido da polícia.

Segundo a revista “Newsweek”, os dois principais sinais faciais procurados pelos oficiais são de medo e desgosto.

E se a pessoa estiver com cólica, TPM, azia, dor de dente, prisão de ventre, etc. E se não gostar da comida e fizer cara de desgosto, como é que fica? Na dúvida é melhor sorrir.
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Homem é inocentado de estupro por ser sonâmbulo


Ao ser julgado por estupro por ter feito sexo com uma menina de 15 anos, um mecânico da Força Aérea Britânica achou uma resposta suspeita, mas que convenceu o júri. Ele alegou que estava sonâmbulo na hora em que a atacou, e foi inocentado.

Kenneth Ecott, de 26 anos, chorou após seu julgamento, que durou duas horas e o considerou inocente. Ecott não negou ter tido relações sexuais com a garota, mas alegou que não se lembrava.

Ele insisitiu que sofria de um problema de sexsomnia, que o faz realizar atos libidinosos durante o sono. Segundo ele, foi isso que o fez pular nu sobre a garota, que dormia após uma festa em Poole, na Inglaterra. A garota gritou assustada quando acordou, e Ecott foi preso.

Ele confessou sua ação e pediu desculpas à família da garota pelo que fez e ainda disse que não estava consciente na hora do ato. O depoimento da sua namorada surtiu grande efeito ao seu favor, pois a moça disse que ele já havia se comportado assim, durante o sono, com ela.

poisé, poisé, poisé...


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Inté...
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terça-feira, 28 de agosto de 2007

A Amante de Hitler

O Maior Segredo do III Reich
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A mais completa biografia de Eva Braun, amante de Hitler durante 14 anos, revela segredos do homem que havia por trás do Führer alemão.
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As mulheres da vida de Adolf Hitler deixaram marcas profundas em sua personalidade. Klara, sua mãe, morreu quando o futuro ditador tinha 18 anos. Mas as lembranças do sofrimento causado por um câncer de mama permaneceram vivas. Geli, filha de uma meia-irmã de Hitler, tornou-se sua amante ainda na adolescência. Seu suposto suicídio, em 1931, deixou cicatrizes dolorosas no já presidente do Partido Nazista. E ainda havia a massa de milhões de alemãs. De certo modo, o tirano casou-se com todas elas. Desde sua ascensão ao poder, ainda nos anos 1930, mulher alguma poderia ser vista a seu lado. Um jogo de sedução intenso e muito bem arquitetado. "O Führer é incapaz de amar qualquer mulher. Ele pode amar apenas a Alemanha", dizia Magda, mulher do ministro da Propaganda Josef Goebbels e "primeira-dama do nazismo", ela mesma uma confessa apaixonada por seu líder. Traições nunca poderiam vir à tona. Mas havia Eva.
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"A História Perdida de Eva Braun", livro recém-lançado pela Editora Globo, resgata como nenhum outro a trajetória da amante quase secreta de Hitler. Escrito pela britânica Angela Lambert, autora de cinco romances e outras duas obras de não-ficção, ele reconstrói a história de Eva Anna Paula Braun a partir da vida de seus avós, descrevendo a sociedade alemã desde o fim do século 19. Assim como em "A Queda!", filme de 2004 acusado por alguns de "humanizar" a figura de Hitler, o livro revela detalhes surpreendentes da vida íntima do Führer. Em ambos, o maior assassino do século 20 quase pode ser visto como um homem comum.

A história de Eva e Adolf sempre foi considerada um exemplo de relacionamento entre um homem dominador e uma mulher alienada, a típica "loura burra" - algo verdadeiro, diga-se. Mas, como o livro de Lambert revela, há muito mais debaixo desse verniz. "Por trás da garota exibida que corria atrás de atenção e aplauso, havia alguém menos óbvio e mais interessante", escreve a autora. Eva Braun é vista em todas as nuances de sua personalidade, e não apenas em seu lado fútil, da mulher que só se preocupava com vestidos e festas. Se politicamente sua importância foi nula, seu papel na vida pessoal do ditador formou as bases para que o Führer desfrutasse de uma atmosfera caseira e familiar, de onde pudesse comandar seu séquito movido a ódio e pressupostos de superioridade racial. Trancada nos Alpes, em sua "gaiola de ouro" - como ela mesma dizia -, Eva era o porto seguro no qual o ditador buscava refúgio e prazer.

"O relacionamento dos dois é digno de ser investigado porque o modo como ele tratou a jovem - primeiro seduzindo, depois dominando e finalmente destruindo - reflete, no microcosmo, o modo como enfeitiçou e destruiu o povo alemão", diz a autora - Angela Lamber..

Desde pequena, Eva era teatral, engraçada e popular. "Já vivia mais em função das sensações e emoções do que do mundo racional de conhecimento e lógica", escreve Lambert. Em meados da década de 1920, Fritz Braun já se preocupava com o futuro de suas filhas. Preparar as garotas para um bom marido era de suma importância. Mas a desobediência de Eva virou um desafio. Em 1929, a adolescente de 17 anos voltou para casa depois de uma temporada em um colégio de freiras. Contra a vontade dos pais, largou os estudos, trocando-os pelos cafés, cinemas, clubes e biergartens de Munique. Seu sonho era ser atriz ou atleta profissional, qualquer coisa que lhe trouxesse fama. Mas um emprego como assistente na loja e estúdio fotográfico de Heinrich Hoffmann foi o que conseguiu. A garota passou a trabalhar para um amigo pessoal de Hitler, o fotógrafo oficial do Partido Nazista - decisão que selaria seu destino definitivamente.
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Foi ali que Eva e Adolf se conheceram. Mas o líder nazista estava às voltas com a sobrinha Geli, relação que o marcou profundamente. Para entender esse caso complicado, é preciso retroceder alguns anos. Em 1927, Hitler já era um dos líderes do Partido Nazista e as vendas de seu livro "Mein Kampf" ("Minha Luta") alcançavam os milhões. Graças a seu crescente status político e financeiro, trocou um pequeno chalé nos Alpes bávaros por uma casa de campo maior na cidade de Obersalzberg. (...) Hitler convidou sua meia-irmã Angela Raubal, que não via havia 15 anos, para ser a cozinheira e governanta da nova casa. Em julho de 1927, a filha mais velha da irmã de Hitler, Angela Maria, conhecida como Geli, se juntou à mãe.

Hitler e Geli desenvolveram uma atração mútua rapidamente, e o interesse pela jovem determinada transformou-se em paixão. Dois anos depois, Geli mudou-se para o luxuoso apartamento de Hitler em Munique, onde estudava teatro e canto. Aos amigos, Hitler não escondia seu amor, mas dizia estar apenas protegendo a sobrinha até que achasse um marido adequado para ela. Especula-se que o casal mantinha relações sexuais não convencionais - incluindo sadomasoquismo -, o que enchia Geli de vergonha. Além disso, a garota detestava o controle e o ciúme do tio. Na manhã do dia 19 de setembro de 1931, a jovem de 23 anos foi encontrada morta no chão de seu quarto. Em cima do divã, a pistola do tio. Nunca se soube exatamente o que aconteceu. Rumores davam conta de que a jovem havia sido assassinada por um namorado ciumento, pela SS (a organização paramilitar do Partido Nazista) ou por Hitler em pessoa, enraivecido por uma possível gravidez ou relacionamentos com outros homens, incluindo seu motorista Emil Maurice, com quem Geli almejava se casar. A polícia, sob pressão do Partido Nazista, encerrou o caso com uma declaração de suicídio feita por um legista.

Culpado ou não, Hitler ficou perturbado com a perda da sobrinha. Mas o fato fez com que ele passasse a olhar mais para a jovem assistente de Hoffmann, sempre em busca de sua atenção. "Hoje vemos Hitler como um monstro, mas para a maioria dos alemães da época ele era um salvador que levantaria o país após décadas de humilhação", diz Udi Greenberg, pesquisador do Centro de História Alemã da Universidade Hebraica, em Israel. Hitler também se interessou por Eva: sua devoção submissa era um alívio para as brigas que costumava enfrentar com Geli. Em dezembro de 1931, Eva visitou a casa de Hitler nos Alpes pela primeira vez. Segundo Angela Lambert, Eva provavelmente perdeu sua virgindade nessa época, embora não haja nenhuma prova de que os dois tenham mantido relações sexuais em qualquer ocasião. Há historiadores que acreditam que a relação entre os dois nunca foi carnal, mas essa crença é pura especulação.

(...) "Hitler, assim como seu séquito -Heinrich Himmler, Hermann Göring, entre outros -, suscitava paixões de mulheres que viam algo erótico e viril no poder", diz Marcelo Caixeta, psiquiatra da Universidade de Goiás. "E, além da admiração pelo 'herói', há um componente ariano de servir ao Estado nesse comportamento feminino", afirma.

Pressionada pela recriminação dos pais e pela recusa do amante em oficializar a relação, Eva passou a ver o suicídio como uma forma de ser levada a sério. Em 31 de outubro de 1932, apanhou a pistola de seu pai e atirou no próprio pescoço. Encontrada pela irmã, foi socorrida a tempo. O susto fez com que o amante passasse a lhe dar mais atenção. Mesmo depois de eleito chanceler alemão, em 1933, o Führer continuava a esconder a existência de Eva. Nesse ano, ela passou a ir com freqüência à casa de Obersalzberg, nos Alpes. Eva logo se tornaria indispensável para Hitler. Mas o amante já estava comprometido. "Hitler não se casou com Eva por razões políticas", afirma Overy.

Muitas mulheres ricas financiavam o Partido Nazista. Além disso, elas formavam grande parte do eleitorado. Hitler estava fadado a continuar solteiro, atiçando as fantasias daquelas que sonhavam em se aproximar de seu Führer. Ele era uma celebridade, atraindo centenas de fãs que se acotovelavam nos portões das residências oficiais e da Chancelaria, gritando que queriam ter um filho com ele. "Muitas mulheres eram histericamente malucas por ele, projetando em Hitler, à distância, o que quer que seja que estivesse frustrando suas vidas simples", diz Moshe Zuckermann, sociólogo e professor da Universidade de Tel-Aviv, em Israel. Mulheres anônimas e conhecidas. Magda Goebbels não escondia seus sentimentos: "Concordei em casar com o Dr. Goebbels porque isso significava que eu poderia ficar perto do Führer".
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"Imagine o privilégio de ser a escolhida por Hitler para dividir com ele sua vida. Nenhuma mulher poderia ter recusado isso - tendo em vista o que ele representava para os alemães naquela época", afirma Zuckermann. E, na época, permanecer à sombra de seu homem não deveria ferir as aspirações individuais de Eva. "Não podemos aplicar percepções feministas de hoje nas mentalidades da Alemanha nazista", diz o sociólogo. Escolhida, sim. Esposa, nem pensar. Certa vez, Traudl Junge, secretária de Hitler, perguntou ao Führer por que nunca havia se casado. "Eu não seria um bom pai de família", respondeu. "Creio que os descendentes dos gênios enfrentam muitas dificuldades. Espera-se deles o mesmo que dos antepassados famosos, e sua mediocridade não costuma ser desculpada", disse o ditador. "Essa foi a primeira manifestação da megalomania pessoal de Hitler que percebi e levei a sério", contou Junge em suas memórias, que deram origem ao já citado filme "A Queda!".

Porém, por trás da resposta de Hitler sobre a paternidade se escondia um grande trauma. O ditador era fruto de uma relação entre dois primos de segundo grau. A ocorrência de cruzamentos entre parentes próximos era comum em sua cidade de origem, e a incidência de deficiência física e mental era alta na população, tendo como uma das vítimas sua irmã Paula. Hitler temia carregar "genes ruins". Se tivesse filhos que apresentassem qualquer problema genético, cairiam por terra suas idéias sobre pureza racial.

Em julho de 1934, uma manobra legislativa entregou poder total a Hitler, transformando-o em chefe de estado e comandante supremo das forças armadas. O nazismo vivia momentos de glória. Enquanto o humor de Hitler oscilava brutalmente, Eva mostrava-se sempre alegre, escondendo seu estado de ânimo verdadeiro, que por vezes chegava à depressão severa. Mas era sua obrigação manter o ambiente leve para o amante. Em maio de 1935, porém, Eva cometeu a segunda tentativa de suicídio, ingerindo 35 pílulas de um sedativo. "Decida-se: me ame ou me deixe em paz", escreveu em seu diário naquele dia - um dos poucos trechos originais que sobreviveram à sua morte. Mais uma vez, sua irmã a encontrou a tempo. Mais uma vez, vieram à tona lembranças de Geli e o medo do escândalo. Hitler voltou a se aproximar da amante.

Eva era proibida de participar das atividades oficiais, e recolhia-se quando Hitler recebia visitas importantes. Magda Goebbels desempenhava o papel de anfitriã oficial. Apenas entre os mais próximos Eva podia exercer sua posição de dona da casa. Nessas ocasiões, Hitler costumava fazer observações depreciativas sobre o tipo de mulher ideal para estar ao lado de um homem como ele. Talvez como compensação, Hitler incentivava a amante a levar amigos e parentes para passarem temporadas no local. A prima Gertraud Weisker, entrevistada por Angela Lambert para o livro, foi uma dessas hóspedes. Entre as esposas nazistas, Eva era chamada de "die blöde Kuh", ou vaca estúpida.

Sozinha no Berghof, Eva se distraía experimentando roupas e se maquiando. Fazia longas caminhadas, banhava-se no lago, tomava sol e passava horas praticando ginástica. Via filmes e exercitava seus dotes de cineasta e fotógrafa amadora - chegou a montar uma sala escura onde revelava suas imagens. De tempos em tempos, viajava para o exterior com amigas e parentes. Quando a guerra estourou, em 1939, sua maior preocupação era a perspectiva de que as visitas de Hitler se tornariam menos freqüentes.
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(...) "Um protesto nunca passaria pela cabeça de Eva. Até porque, submetida ao anti-semitismo incansável de Hitler e de outros líderes, ela sem dúvida acreditava nele", afirma Kershaw. Para Angela Lambert, Eva não era anti-semita, apenas ignorava a política levada a cabo pelo estadista com quem dividia os lençóis. "Ela viveu o lado brando do nazismo, das festas, dos jantares, estava entre os 'eleitos'. (...) "Não acredito que ela teria conseguido mudar a história. Talvez ela tenha usado a negação para enxergar o ser amado de maneira idealizada, focando-se nos esportes e na moda para se distrair", diz Anita Clayton, professora de psiquiatria da Universidade da Virgínia (EUA).
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Com os anos, a relação de Eva e Hitler foi amadurecendo. (...) ele se preocupava quando ela estava fora do Berghof. "Se houvesse alguma notícia de ataque aéreo a Munique, ficava impaciente como um leão na jaula, esperando um telefonema de Eva", relatou Junge.
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Desses anos passados no retiro de Hitler, sobraram horas de filmes e centenas de fotos. (...) Nas imagens, se vêem belas paisagens, crianças brincando e reuniões festivas. Eva aparece se exercitando, correndo e rindo. Uma madame alienada se exibindo? De certa forma, sim. Em uma análise mais profunda, porém, podemos imaginar que ela tentava desesperadamente chamar a atenção e eternizar sua juventude, que se esvaía em dias solitários à espera de Hitler. Mas não deixa de ser desconfortável observar o ambiente luxuoso no qual vivia em plena época de privações para a população.
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A ALA FEMININA DO REICH


As outras mulheres do regime nazista

Da aviadora Hanna Reitsch à dona-de-casa exemplar Magda Goebbels, passando por artistas e as cruéis guardas dos campos de concentração, o poder e o magnetismo de Hitler atraíam a devoção das mais diferentes mulheres. Muitas não foram diretamente responsáveis pelas atrocidades cometidas pelo regime nazista contra judeus, ciganos, homossexuais e deficientes. Mas, mesmo que indiretamente, todas as mulheres dessa galeria colaboraram com o regime nazista. Porém nem todas sucumbiam ao carisma do ditador. Uma das mais famosas opositoras do regime, a atriz Marlene Dietrich nunca aceitou os convites de Josef Goebbels para que participasse de filmes produzidos com apoio do Ministério da Propaganda. "Quando Hitler subiu ao poder, fui forçada a mudar minha nacionalidade", disse Dietrich, que se naturalizou americana e cantou para os soldados das tropas aliadas durante a guerra.
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(...) Em 29 de abril de 1945, Hitler convocou Junge, para quem ditou seus testamentos pessoal e político. "Esse ato separou Hitler de sua tarefa de Führer e, assim, tornou possível para ele, psicologicamente, se separar de seu antigo 'eu'. Ele renunciou à fantasia de ser o salvador da Alemanha, sucumbindo à sua mortalidade", diz o professor Robert Gellately. Assim, Adolf finalmente reconheceu a lealdade da companheira de 14 anos. Uma cerimônia de casamento civil foi realizada em uma sala do bunker na véspera do suicídio de ambos, tendo como testemunhas Josef Goebbels e Martin Bormann, um destacado oficial nazista. A noiva usava um vestido azul-escuro de seda. Eva Braun tornou-se oficialmente Frau Hitler.

Por volta das 15 horas do dia seguinte, Hitler e sua esposa despediram-se dos colaboradores que restavam. O casal se trancou numa pequena sala. Instantes depois, o estampido de uma arma de fogo indicou que a vida do ditador chegara ao fim. Heinz Linge, criado de Hitler, e Martin Bormann recolheram os corpos - ele morto pela ingestão de cianeto de potássio seguida de um tiro na têmpora direita, ela morta apenas com o veneno, já que não queria seu rosto desfigurado - e os levaram até o pátio da Chancelaria. Cumprindo o último desejo de seu líder, incineraram os cadáveres com 900 litros de gasolina. Hitler não queria que seu corpo fosse capturado pelos soldados soviéticos. Rumores de que Eva estava grávida surgiram depois.

Eva Braun não foi a única mulher a entrar para a História como a parceira de um ditador sanguinário. Basta lembrar de personagens como Nadezhda Alliluyeva, esposa de Josef Stalin, morta por suicídio em 1932. Mas o livro de Angela Lambert mostra que nenhuma outra mulher soube mexer com o homem por trás de um tirano como Eva Braun. É por isso que o relato de sua vida deixa a incômoda percepção de que até quem é capaz de ordenar as mais terríveis atrocidades possui uma dimensão humana que muitas vezes não gostaríamos de reconhecer.

Artigo de Juliana Tiraboschi - para ler o artigo completo, clique aqui!
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Inté...
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segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Notinhas...

Ontem assisti o quadro Dança no Gelo, do Faustão. Não vi a estréia masculina, no domingo passado e espero que tenha sido melhorzinha, porque ontem foi fraco demais!

Foi uma apresentação meia-boca, de todas as participantes. Elas estavam inseguras e ainda não sabiam direito o básico, que é patinar para frente e para trás. Achei todas as coreografias fracas, sem emoção e a maioria muito lenta! Não empolgou...

Agora, de todas, a Luísa Brunet e a Márcia Cabrita, eram as mais simpáticas e só... a Miss Brasil, Natália Guimarães foi uma negação. Penso que todas deveriam ter ensaiado mais para a estréia pois fizeram feio e o espectador que acompanha esse quadro merece ver coisa muito melhor!

To bem achando que quem vai ganhar dessa vez é a Luciele de Camargo. Se depender das ligações do Seu Francisco (pai da Luciele), assim como ele fez no início da carreira de Zezé di Camargo e Luciano, a vitória dela já está no papo. Se em tempo de vacas magras, seu Francisco gastou o seu salário em fichas telefônicas ligando para as rádios e pedindo as músicas dos filhotes (achei isso a coisa mais doida e admirável no seu Francisco), imagine hoje? Dá-lhe seu Francisco!

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Tribunal desaprova contas do extinto Prona e atinge PR

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) desaprovou a prestação de contas anual referente ao exercício de 2003 do diretório regional do extinto Partido de Reedificação da Ordem Nacional (Prona) e suspendeu a transferência das cotas do fundo partidário.

Quando for aplicada, a penalidade atingirá o Partido da República (PR), formado da fusão do Prona com o Partido Liberal (PL), em 19 de dezembro do ano passado.

os procedimentos previstos pela resolução 21.841 de 2004 do Tribunal Superior Eleitoral (Por meio de sua assessoria, o PR informou que já está ciente da decisão e que vem adotandoTSE), que estabelece as regras para as prestações de contas dos partidos.

Segundo o tribunal, a prestação de contas do Prona continha diversas irregularidades como a não apresentação do balanço patrimonial, que prejudicou a análise dos dados e falta de documentação, explicou o juiz relator, Paulo Alcides.

De acordo com o artigo 37 da Lei 9.096/95, a falta de prestação de contas ou sua desaprovação total ou parcial importa na suspensão de novas cotas do fundo partidário. A sanção é aplicada exclusivamente à esfera partidária responsável pela irregularidade.

Ainda bem que o Enéias não está aqui pra ver isso...

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Se lembram do Rodrigo Caubói, que venceu a segunda edição do Big Brother Brasil, em 2002?
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Pois então... ele foi preso em flagrante por suspeita de estelionato e tentativa de homicídio na Festa do Peão de Barretos, no final da tarde deste domingo. Segundo as primeiras informações da polícia, Rodrigo teria falsificado a credencial para o estacionamento e para a entrada no Parque do Peão, onde ocorre a festa.
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Parece que na hora do rolo, ele acabou atropelando um porteiro do local.
Rodrigo foi autuado em flagrante e levado pra cadeia de Barretos. O porteiro passa bem, obrigada!
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Eita Rodrigo, dando o migué no estacionamento! Cadê o dinheiro do prêmio? Tem mais não?

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O Boninho andou dizendo que tem vergonha de ver a Íris e o Alemão trabalhando na televisão. Pois bem Boninho, puxando um gancho aí no que você disse, eu aproveito pra lhe dizer que:

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Eis que nossa querida Amy Winehouse dá mais uma passadinha no Matutando. Dessa vez, vejam como a moça ficou depois da briga com o marido Black:

O causo é o seguinte. Amy e o marido, estavam em reabilitação depois da overdose de drogas que ela teve recentemente. Mas depois de duas semanas, ela deu uma saidinha pela segunda vez. O marido a flagrou (segundo ela) no hotel Sanderson, em Londres, com uma prostituta se drogando.

Amy disse também, que não volta pra reabilitação porque seu marido ameaça se matar se ela o fizer.

Na hora da briga, Amy cortou o seu próprio corpo...

"Comecei a me cortar depois que ele disse que eu não era boa o suficiente para ele”.

Gosto da voz dessa menina pra caramba, e torço pra que ela se encontre, se ajuste, se recupere... ela pirou ainda mais depois de ter conhecido o marido, Black.

Uma das canções de maior sucesso de Amy Winehouse é "Rehab", em que ela canta "they tried to make me go to rehab, I said no, no, no" ("eles tentaram me internar na reabilitação, eu disse não, não, não"). Eis aí a canção, ouçam:




Inté...
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domingo, 26 de agosto de 2007

Prazer... Esta sou Eu!

“... O meu Mundo não é como o dos outros, quero demais,

exijo demais, há em mim uma sede de infinito,

uma angústia constante que nem eu mesma compreendo,

pois estou longe de ser uma pessimista.

Sou antes uma exaltada, com alma intensa, violenta,

atormentada, uma alma que não se sente bem onde está,

que tem saudades... sei lá de quê!”

(Florbela Espanca)

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Desde a primeira vez que lí essas palavras da Florbela, me identifiquei. Pensei, nossa, essa sou eu! Me vi ali naquelas letras... e hoje, mais do que nunca me sinto assim, do jeitinho que ela escreveu... sem tirar nem por...

Há tempos que não me sinto bem aonde estou, quer dizer, não é que eu não me sinta bem, o que acontece, na verdade, é que está tudo na mesma, uma acomodação sufocante... quero mudanças e quero pra ontem... sinto que aqui, já deu o que tinha que dar, quero voar, experimentar novos ares, novas sensações, novas delícias e até mesmo novas tristezas e desilusões... porque não!?

Gosto de novidades, adoro surpresas e tenho mania de criar mentalmente um filme onde sou a protagonista, e este passa quase que todos os dias em minha cabeça, onde eu sigo um roteiro por mim determinado, imagino situações, possibilidades, novas experiências, novos lugares, novos países e cidades, pessoas desconhecidas que venham a fazer parte do meu círculo de amizades, da minha vida...

Mas, no dia-a-dia, o meu roteiro vez ou outra cria asas e faz suas próprias mudanças e eu o sigo, me adaptando às suas vontades, porque é assim que sou... mas me adapto somente às vontades que também são minhas...

Não é a toa que no topo do meu blog eu escreví isto:

"Não quero medir a altura do tombo
Nem passar agosto esperando setembro..."
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Acho que é isso, por hoje...
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Inté...




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sábado, 25 de agosto de 2007

Eu Menina... Eu Ainda...

eu, menina.
eu, ainda.

Viam-se muitos filmes sobre a vida de Jesus. Sobre os santos e suas vidas. Viam-se suas dores suportáveis, dores hollywodianas. E a menina aprendeu um jeito avesso de santidade. Ou direito. Pelo menos era o avesso do que deveria, isso ficou claro. Pra poder viver e andar ereta ela inventou o perdão incondicional. Ela inventou pessoalmente o perdão impenitente que era pra poder olhar nos olhos do mundo sem ficar pedindo licença. Porque a primeira pessoa que ela perdoou foi a si mesma. Senão, como sobreviver à uma infância sem escapatória? Onde pensamentos, palavras, atos e omissões tinham que ser desculpados com três aves maria e um “creindeuspai”.

Senão, como carregar o peso de se saber culpada de absolutamente tudo: minha culpa, mea-culpa, máxima culpa. Perdoada, ela pode desejar livremente ser a décima terceira discípula de Jesus. Ela não saberia escrever e, por isso, não teria evangelho segundo Madalena. A menina imaginava detalhadamente as longas conversas que teria com aquele homem de voz nightingale. Noites inteiras ouvindo e acreditando e o mais surpreendente: ouvindo suas confissões.

Seria para ela que ele contaria suas fraquezas e segredos. Porque mesmo tendo a certeza e o conforto da fé inquestionável, ele se atormentaria, miseravelmente humano. E ela o amaria. Tanto, mas tanto. Muito mais do que João. Muito mais do que Judas. Porque ela amaria com a intensidade do amor feminino, amor visceral de mulher escolhendo o pai dos seus filhos. E ele nem era tão bonito quanto aparecia nos filmes, nas imagens sem conhecimento dos artistas. Para a menina, ele tinha uma beleza que se revelava aos poucos, como pequenos milagres concedidos. Então, era o olhar que desenhava seus olhos grandes e escuros. Olhar imenso, por onde escapava tanto amor e tanta melancolia. Ele olharia para ela e, se ela não o amasse tanto, se sentiria triste. Porque nem se esforçando muito, nem mesmo quando a menina se concentrava na liberdade da sua imaginação, ela conseguia alcançar todos os pensamentos dele. E doía isso. Ele sabia e sorria. E dizia: “nem você pertence a si mesma”. Mesmo sem entender exatamente o que ele dizia, a mulher chorava de ignorância, impotência e adeus. A menina também. Ela pressentia que ele partia a cada dia.

Os olhos dele. Rasgados sobre a pele morena. Inocência, sabedoria, começo e fim. Tudo estava nos olhos dele. A menina sabia que passaria a vida buscando esse olhar. E um nariz reto e os mesmos cabelos lisos, escuros e brilhantes de lua. Ele será assim, decidiu a menina em plena infância. E terá um sorriso sem esforço e vai saber tanto. Vai saber mais, muito mais do que sua consciência vai lhe revelar. É por isso que, muitas vezes ele vai se surpreender com conhecimentos e percepções que ele nem desconfiava possuir. O amor da minha vida vai saber tudo. Principalmente, vai me reconhecer e me abençoar com sua presença em minha vida. Ainda que breve. Ainda que leve presença imperceptível e vital como ar que a menina respirará mais profundamente, quando, finalmente estiver ao lado dele.

Quando ficava calado, sentado entre as oliveiras – por mais que tentasse a menina nunca conseguia tirá-lo deste cenário – quando ele ficava muito quieto, oprimido de revelações e antecipações ele piscava tão devagar, tão lentamente que, por instantes, ela temia que ele já tivesse partido. E se desesperava com essa ausência anímica dele. A menina não controlava seu sonho. Nem jamais controlaria. Quando, finalmente, encontrasse esse homem em sua vida, lindamente adornado pelas dores e limites humanos, aconteceria o mesmo. O silêncio dele seria preenchido pelos sonhos dela. E o olhar dele seria dela só por uns instantes. E ele teria um sorriso generoso que distribuiria sem nenhum critério. Querido e querendo bem a todos. Sem nenhuma piedade por quem lhe pedia um átimo de exclusividade.

Mentira. Ela desejaria muito mais do que isso. Ele lhe ofereceria seu coração, mas ela pediria sua alma. Mas ele nunca lhe pertenceria. Nem a ninguém. Como ela ainda não sabe, tampouco se conforma.


Claudia Camera


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Texto/Crônica gentilmente enviado por Layla.


P.V


Inté...


sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Homens, Mulheres e Situações...

Recebi no meu email um texto que mostra a mesma situação, na convivência entre as mulheres e na dos homens... veja:
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A VERDADEIRA AMIZADE FEMININA

Duas mulheres se encontram na rua, uma delas saindo do cabeleireiro:


Mulher 1: Olá, querida!!! Você cortou o cabelo?

Mulher 2: Cortei amor! Você não imagina com quem... o Edson, aquele mago da tesoura. O que você achou?

Mulher 1: Maaaraaaviiilhooosooo. Ficou 10 anos mais moça. Essas mechas, que bárbaro! Vou mandar fazer igualzinho. Foram luzes?

Mulher2: Não menina, é uma técnica nova de clareamento que ele trouxe da Itália. Imagina que...

(Meia hora depois...)

Mulher 1: Então ta bom querida. Corre pra casa que teu marido vai morrer de orgulho da esposa que tem.

Mulher 2: Ai amiga te adoro! Beijinhos!

Mulher 1 sai pensando: Como essa perua ficou ridícula. Será que ela não se enxerga? Não sei como aquele gato do marido dela continua casado com ela. Se der mole eu agarro ele.

Mulher 2 sai pensando: Essa galinha deve estar morrendo de inveja do meu visual. Ainda quer fazer igual, vê se pode!... com aquele cabelo que parece um arame... nem com implante!!!

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A VERDADEIRA AMIZADE MASCULINA

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Dois Homens se encontram na rua, um deles saindo do barbeiro:

Homem 1: Opa! E aí maluco? Dando um tapa no cabelo? hehehe...

Homem 2: Não troxão... tirei pra lavar.

Homem 1: Que merda de corte, hein? Tu tá parecendo um viado. O cabelereiro entendeu PRA BICHA ao invés de CAPRICHA é?

Homem 2: É... mas tua mãe gostou.

Homem 1: Falou então!... Ah manda um beijo pra aquela gostosa da tua irmã...

Homem 2: Vai se fuder, seu corno! Até mais!

Homem 1 sai pensando: Esse cara... gente finíssima!

Homem 2 sai pensando: Adoro esse cara... muito gente boa...

E aí gente, é assim mesmo que acontece? poisé, poisé, poisé....

Inté...

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