domingo, 22 de abril de 2007

Pela Beleza do que Aconteceu à Minutos Atrás...

Cansei...Domingo, pra mim é um dos dias mais chatos e tediosos que existe. Cadê todo mundo? Não estou conseguindo ver televisão, nada atrativo. Na internet também ta complicado. Comecei assistir a dois filmes e larguei mão, o enredo não me prendeu. Comi besteiras, a preguiça aumentou, a ociosidade está me matando...

Podia sair né? Se o desânimo deixasse, até sairia...Meu celular entrou em coma, nem uma ligação hoje, vê se pode uma coisa dessas? Deixa esse povo...Em compensação, logo de manhã o telefone de casa toca insistentemente, pulo da cama, vou cambaleando e consigo chegar até o dito e ouço: “Tava dormindo minha fia”?

Preocupa não mamãe, já ia levantar mesmo...(acho que ela não se convenceu...rs).

Mamis: Ta tudo bem aí?
Eu e o sono: Ta sim, e aí?
Mamis: Aqui ta bem, graças à deus. E a garganta, melhorou? (Detalhe: A garganta esteve inflamada há três semanas atrás...rs...)
Eu e o sono: Já sim, tem é tempo...blá, blá, blá...

E conversamos mais um tantinho...

Engraçado, que mãe é mãe em tudo que é lugar, não tem diferença. Parece que pra elas a gente nunca cresce. São tantas preocupações, cuidados, detalhes, carinhos, conselhos, observações, pressentimentos, um sexto sentido aguçadíssimo. Quem nunca disse ou se pegou pensando na famosa frase: Bem que a minha mãe me avisou!? Arisco-me a dizer que todo mundo já sentiu na pele essa expressão.

A minha mamis ralha comigo até hoje...hahahahahaha...Não como quando criança, óbvio, mas ainda levo uns pitos dela de vez em quando, pode uma coisa dessas?..hahahahahahaha...

Pelo ao menos algo bom nesse domingo...

Dada à situação, posto aqui esse clipe e música lindíssimos! A música se chama “Poema”. Trata-se de um poema descoberto pela mãe do Cazuza, há pouco tempo, dentro de um livro, composto para a sua avó. A sua mãe pediu ao Ney Matogrosso para cantar esse poema e ao Frejá para musicar. Ficou lindo! Vale a pena deixar o vídeo carregar e assistir. Acreditem.


Então, valeu à pena?

Poema (Cazuza)

Eu hoje tive um pesadelo
E levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo
E procurei no escuro
Alguém com o seu carinho
E lembrei de um tempo

Porque o passado me traz uma lembrança
De um tempo que eu era ainda criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço, um consolo

Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
E que não tem fim

De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos ou anos atrás

.