quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Drão, o Amor da Gente é Como um Grão...

Hoje to baqueada... garganta inflamada, febre e uma moleza mais do que previsível devido às circunstâncias... volto quando estiver melhor...
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Nessa insignificância - que é a vida- , restou-me o chicote das palavras. E elas me ferem me rasgam me cortam e me cospem à cara. Antes de me largarem, vazia, no chão. (Vássia Silveira)
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Ela descobriu que sujar os pés é uma maneira de estar livre da mentira. Porque não há como esconder as imperfeições, nem tampouco a crueza da vida, com a poeira e a lama grudadas na pele. Era preciso, portanto, derrubar as fantasiosas paredes que a protegiam, criando uma ilusão asseada da realidade. Começou limpando as gavetas de onde saíam bilhetinhos, cartões e outros mimos. Depois entregou ao primeiro passante as vestes que um dia pareceram explicar-lhe. Jogou fora também fotografias plásticas e sorridentes, congeladas num tempo tão distante que quase havia esquecido ter dele feito parte.
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Feita a limpeza, tratou de arrancar dos pés os sapatos. E pisando a água cristalina de um córrego, seguiu em frente sentindo nos tornozelos o barro úmido da verdade.
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Vássia Silveira
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Cada dia que passa admiro mais e mais os textos da Vássia... eita mulher porreta!

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Inté...

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