quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Perdas e Danos


Somos castigados por nossas renúncias. Cada impulso que tentamos aniquilar germina em nossa mente e nos envenena. Pecando, o corpo se liberta do seu pecado, porque a ação é um meio de purificação. Nada resta então a não ser a lembrança de um prazer ou a volúpia de um remorso. O único meio de livrar-se de uma tentação é ceder a ela. Se lhe resistirmos, as nossas almas ficarão doentes, desejando coisas que se proibiram a si mesmas, e, além disso, sentirão desejo por aquilo que umas leis monstruosas fizeram monstruoso e ilegal.
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(Oscar Wilde)
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Pecado... o que é pecado pra você? Quando você pensa em fazer algo que julga ser pecado, você se reprime? Se fecha? Se recolhe? Consegue digerir bem a frustração do ato não consumado ou remói isso de quando em vez?
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A tentação, o pecado, a luxúria, e as consequências das ações nesse sentido, é muito bem retratado no filme "Perdas e Danos". Um dos melhores filmes que já ví, até o momento!
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Com um show de interpretação de Jeremy Irons e Juliette Binoche, atriz francesa que rouba a cena com seu olhar marcante, forte, e atuação intrigante.
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Encontrei um comentário sobre "Perdas e Danos - Damage", pósto aqui para quem ainda não conhece a estória. Onde encontrei, não consta a autoria do comentário, diz apenas que foi retirado de um jornal:
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Não é difícil, para quem acompanha a carreira de Louis Malle, descobrir o que o atraiu no livro de Josephine Hart. A paixão de um homem de meia-idade (Jeremy Irons), ministro do governo inglês, pela noiva do filho, é uma verdadeira caixa de marimbondos em que ele já mostrou, ao longo de sua filmografia, gostar de mexer. Malle sempre revelou uma queda para o ousado, o polêmico, o chocante, desde Os Amantes , quando, no distante ano de 1958, mostrou uma variante do ato sexual, salvo engano pela primeira vez no cinema, que escandalizou o puritanismo da época.
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Em Perdas e Danos , subjacente ao tema da paixão entre sogro e nora, há o do incesto, velho conhecido do cineasta, que o abordou em Sopro do Coração (1970), daquela vez entre a mãe e o filho adolescente. Agora a relação é entre Anna Barton e o irmão, de que o espectador toma conhecimento pelo relato que ela faz a Stephen, o sogro. A propósito de Anna Barton, ela me parece o personagem mais interessante do filme. Trata-se de uma mulher, que, contra a sua vontade, leva à destruição ou à morte os homens que se sentem atraídos por ela. Uma espécie de viúva-negra, o que no filme é reforçado pela sua preferência pela cor preta no uso do vestuário. Ninguém mais ideal do que ela para representar o incognoscível na natureza humana, com a aparência frágil, o jeito calmo e sereno e o rosto triste e cândido. E nenhuma outra atriz poderia representar esse personagem como Juliette Binoche.



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Não coloquei todo o comentário sobre o filme, porque acaba contando coisas do final, e pra quem ainda não assistiu é frustrante, pois é uma das partes mais emocionantes... Então fica assim...hehe... eis aqui, uma dica da matuta. Veja esse filme, é muito bom!

11 Disritmia.mp3

Versão sambinha, bãotodavida!

05-Martinho da Vil...


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"Pessoas sofridas são perigosas, porque elas sabem que podem sobreviver" (frase dita por Anna - Juliette Binoche - no filme)

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Inté...

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