Hoje o dia amanheceu cinza... mas não é um cinza triste, é um cinza de céu nublado, carregadinho de chuva. Eita coisa boa!
Adoro chuva! O cheiro que brota da terra anunciando sua chegada, o ventinho que refresca, uma sensação (pessoal) de estar prestes a lembrar de algo bom que me aconteceu... mas, nunca sei o que é... só sinto...
Adoro chuva! O cheiro que brota da terra anunciando sua chegada, o ventinho que refresca, uma sensação (pessoal) de estar prestes a lembrar de algo bom que me aconteceu... mas, nunca sei o que é... só sinto...
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Hoje o matutando traz um conto e uma crônica. Dois textos interessantes, que encontrei navegando por aí, um fala da chuva e o outro de algo que lembra...
Hoje o matutando traz um conto e uma crônica. Dois textos interessantes, que encontrei navegando por aí, um fala da chuva e o outro de algo que lembra...
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Guarda-chuva de Chocolate
Quando era miúda adorava guarda-chuvas de chocolate. Dava-me imenso prazer trincá-los, chupá-los, saboreá-los até ficar só a bengalinha de plástico! Sempre que a minha mãe chegava a casa reivindicava o meu presente do dia... nessa altura não existiam os Kinder chocolate, mas crescer também era bom!.
Enquanto a mãe tomava duche aproveitava para ser senhora: borrava os lábios de batom, enchia a cara (e o vestido!) de pó de arroz e claro, a sensação de vestir meias de vidro e calçar os sapatos de salto alto era bestial! Depois passarinhava pela casa, passava modelos imaginários e era fotografada pelos meus ursos de pelúcia, que assistiam muito sérios ao meu aparato. Aliás, só se mexiam quando lhes fazia festas, e aí parecia que ganhavam outro ânimo para mais um desfile de vaidades.
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A minha Mãe não gostava muito, gritava sempre comigo e dizia que eu já não tinha idade para essas brincadeiras!... Eu acho que era por causa daquelas caixinhas de cartão que tinham muitas bolinhas brancas lá dentro – deviam ser saborosas, porque ela gostava quase tanto delas quanto eu de chocolate! Acho que se chamavam comprimidos...
A minha Mãe não gostava muito, gritava sempre comigo e dizia que eu já não tinha idade para essas brincadeiras!... Eu acho que era por causa daquelas caixinhas de cartão que tinham muitas bolinhas brancas lá dentro – deviam ser saborosas, porque ela gostava quase tanto delas quanto eu de chocolate! Acho que se chamavam comprimidos...
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Boneca de Trapos – Contos
Boneca de Trapos – Contos
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A Chuva dos Anos.
De repente o inverno começa e a chuva generosa traz uma sensação de repouso, que toma conta do nosso corpo. Dá uma vontade de rir sozinha ou de ficar em silêncio absoluto só para ouvir o som da chuva, ou ainda para repetir o velho trecho de conversa "ô chuvinha abençoada" para alguém ao nosso lado. Toda essa invocação é apenas porque ansiamos por uma trégua do calor intenso do verão afogueado de nossa terra.
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Mas a chuva também refresca memórias. Houve um tempo quando ela era como uma de nós -- uma moleca nos chamando para uma brincadeira na rua, ou uma mãe que cantava docemente uma canção de ninar no tom e na medida do nosso pedido. As vezes, porém, ela chegava vigorosa e soava com um barulho de fim de mundo sobre o nosso telhado de alumínio. Só restava esperar que ela recolhesse seus chicotes líquidos e furiosos para que nos concentrássemos em outros sons ao redor.
Mas a chuva também refresca memórias. Houve um tempo quando ela era como uma de nós -- uma moleca nos chamando para uma brincadeira na rua, ou uma mãe que cantava docemente uma canção de ninar no tom e na medida do nosso pedido. As vezes, porém, ela chegava vigorosa e soava com um barulho de fim de mundo sobre o nosso telhado de alumínio. Só restava esperar que ela recolhesse seus chicotes líquidos e furiosos para que nos concentrássemos em outros sons ao redor.
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Também, além da cumplicidade, a chuva nos trazia outras ocupações. Era época de plantar cebolinhas, tomates, pimentões entre flores conhecidas como cristas-de-galos, crótons vermelhos, santas terezinhas e onze horas. Por causa da chuva, retirávamos dos armários nossas sombrinhas, as quais, antes de serem esquecidas em um canto de algum lugar aconchegante, espalhavam suas cores pelas ruas cinzentas.
Também, além da cumplicidade, a chuva nos trazia outras ocupações. Era época de plantar cebolinhas, tomates, pimentões entre flores conhecidas como cristas-de-galos, crótons vermelhos, santas terezinhas e onze horas. Por causa da chuva, retirávamos dos armários nossas sombrinhas, as quais, antes de serem esquecidas em um canto de algum lugar aconchegante, espalhavam suas cores pelas ruas cinzentas.
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Hoje a chuva soa um tanto solitária pelas ruas cheias de carros. Os anos também correram rápido e nós crescemos. Até ela também se avolumou sobre o asfalto e amplos pisos de cimento. No entanto, nossos anseios por sua presença não mudaram porque é ela que dispersa o calor do nosso verão, na porção quase perfeita. Enquanto ela rega jardins e amolece a terra um pouquinho, dá a partida para uma conversa e faz florir as velhas lembranças..
Hoje a chuva soa um tanto solitária pelas ruas cheias de carros. Os anos também correram rápido e nós crescemos. Até ela também se avolumou sobre o asfalto e amplos pisos de cimento. No entanto, nossos anseios por sua presença não mudaram porque é ela que dispersa o calor do nosso verão, na porção quase perfeita. Enquanto ela rega jardins e amolece a terra um pouquinho, dá a partida para uma conversa e faz florir as velhas lembranças..
Encontrei aqui!
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Esta crônica me trouxe recordações de quando era pequena e vibrava com os dias de chuva, só para poder ir pra escola com a minha sombrinha. Cada ano era uma diferente, mas sempre linda e colorida. Tem uma da qual nunca me esquecí... era azul e no final do cabo, lá estavam Tom e Jerry, de borracha... eu achava diferente, "luxosa" que só...hehe
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Novidade Boatodavida!
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A Lana, do blog "Na Boca de Matildes" (antigo, Na Boca da Matilde), voltou a blogar! E é com grande satisfação que dou esta notícia aqui. Pra quem curte o Jogo BBB, vale a pena dar uma conferida e quem não curte também, passe por lá...
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Inté...
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