domingo, 16 de dezembro de 2007

A Chuva cai... e faz um Barulhinho Bom...

Hoje o dia amanheceu cinza... mas não é um cinza triste, é um cinza de céu nublado, carregadinho de chuva. Eita coisa boa!

Adoro chuva! O cheiro que brota da terra anunciando sua chegada, o ventinho que refresca, uma sensação (pessoal) de estar prestes a lembrar de algo bom que me aconteceu... mas, nunca sei o que é... só sinto...
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Hoje o matutando traz um conto e uma crônica. Dois textos interessantes, que encontrei navegando por aí, um fala da chuva e o outro de algo que lembra...
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Guarda-chuva de Chocolate

Quando era miúda adorava guarda-chuvas de chocolate. Dava-me imenso prazer trincá-los, chupá-los, saboreá-los até ficar só a bengalinha de plástico! Sempre que a minha mãe chegava a casa reivindicava o meu presente do dia... nessa altura não existiam os Kinder chocolate, mas crescer também era bom!.

Enquanto a mãe tomava duche aproveitava para ser senhora: borrava os lábios de batom, enchia a cara (e o vestido!) de pó de arroz e claro, a sensação de vestir meias de vidro e calçar os sapatos de salto alto era bestial! Depois passarinhava pela casa, passava modelos imaginários e era fotografada pelos meus ursos de pelúcia, que assistiam muito sérios ao meu aparato. Aliás, só se mexiam quando lhes fazia festas, e aí parecia que ganhavam outro ânimo para mais um desfile de vaidades.
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A minha Mãe não gostava muito, gritava sempre comigo e dizia que eu já não tinha idade para essas brincadeiras!... Eu acho que era por causa daquelas caixinhas de cartão que tinham muitas bolinhas brancas lá dentro – deviam ser saborosas, porque ela gostava quase tanto delas quanto eu de chocolate! Acho que se chamavam comprimidos...
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Boneca de Trapos – Contos
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A Chuva dos Anos.

De repente o inverno começa e a chuva generosa traz uma sensação de repouso, que toma conta do nosso corpo. Dá uma vontade de rir sozinha ou de ficar em silêncio absoluto só para ouvir o som da chuva, ou ainda para repetir o velho trecho de conversa "ô chuvinha abençoada" para alguém ao nosso lado. Toda essa invocação é apenas porque ansiamos por uma trégua do calor intenso do verão afogueado de nossa terra.
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Mas a chuva também refresca memórias. Houve um tempo quando ela era como uma de nós -- uma moleca nos chamando para uma brincadeira na rua, ou uma mãe que cantava docemente uma canção de ninar no tom e na medida do nosso pedido. As vezes, porém, ela chegava vigorosa e soava com um barulho de fim de mundo sobre o nosso telhado de alumínio. Só restava esperar que ela recolhesse seus chicotes líquidos e furiosos para que nos concentrássemos em outros sons ao redor.
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Também, além da cumplicidade, a chuva nos trazia outras ocupações. Era época de plantar cebolinhas, tomates, pimentões entre flores conhecidas como cristas-de-galos, crótons vermelhos, santas terezinhas e onze horas. Por causa da chuva, retirávamos dos armários nossas sombrinhas, as quais, antes de serem esquecidas em um canto de algum lugar aconchegante, espalhavam suas cores pelas ruas cinzentas.
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Hoje a chuva soa um tanto solitária pelas ruas cheias de carros. Os anos também correram rápido e nós crescemos. Até ela também se avolumou sobre o asfalto e amplos pisos de cimento. No entanto, nossos anseios por sua presença não mudaram porque é ela que dispersa o calor do nosso verão, na porção quase perfeita. Enquanto ela rega jardins e amolece a terra um pouquinho, dá a partida para uma conversa e faz florir as velhas lembranças.
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Encontrei aqui!
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Esta crônica me trouxe recordações de quando era pequena e vibrava com os dias de chuva, só para poder ir pra escola com a minha sombrinha. Cada ano era uma diferente, mas sempre linda e colorida. Tem uma da qual nunca me esquecí... era azul e no final do cabo, lá estavam Tom e Jerry, de borracha... eu achava diferente, "luxosa" que só...hehe
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Novidade Boatodavida!

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A Lana, do blog "Na Boca de Matildes" (antigo, Na Boca da Matilde), voltou a blogar! E é com grande satisfação que dou esta notícia aqui. Pra quem curte o Jogo BBB, vale a pena dar uma conferida e quem não curte também, passe por lá...
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Inté...

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