segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Listas, Natal e Mitologia


O natal ta chegando, e aí, já fez sua listinha de presentes? Mandou sua cartinha pro Papai Noel?

Eu ainda não fiz a minha, pra falar a verdade, nem estou com ânimo de fazer. Larguei mão das listas desde o fim do ano passado. Eu tinha mania de fazer aquelas listinhas básicas de coisas que não farei e coisas que farei no ano novo... nunca funcionou... ou melhor, se eu cumpri com alguns dos itens, nem sei, não voltava na lista pra conferir.

É que nem agenda. Eu bem que tentei me adaptar, anotava coisas, compromissos, horários, aniversários, datas especiais, mas me esquecia de conferir a bendita... hehe... este ano, nem tive uma.

E amigo oculto? Quem aqui, já está fazendo parte de algum? Quantas vezes você já foi presenteado com algo de que não gostava? Uma vez eu ganhei de presente, um shampoo de cenoura... outra, um saquinho com cinco balas dentro (na quarta série)... hahahhhaaaa... Ah, mas, tudo bem, provavelmente já dei algum presente que alguém também odiou, não é mesmo? Sim, porque a gente reclama dos presentes que ganhamos nos amigos ocultos e nos esquecemos que também podemos estar dando uma bola fora...

Ah, bom mesmo é o banquete da noite natalina, isso sim! Hum... adoro as carnes assadas, lombos, as farofas, os complementos, sobremesas... eita, que é tudibom!

Este ano, em especial, o natal está me deixando saudosa e pensativa... não entro na questão mística/religiosa da data... este ano, não. Ando matutando sobre a vida, suas possibilidades, o futuro que me espera... fico sonhando e voando aaaltoooo!
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Bom, deixando de lado, por enquanto, o meu bla, blá, blá sobre o natal e voltando com a série: Mitologia Grega. Hoje o Matutando conta a estória de Cronos, deus do Tempo.



A figura enigmática de Cronos representou, na mitologia, um claro exemplo dos conflitos religiosos e culturais surgidos entre os gregos e os povos que habitavam a península helênica antes de sua chegada.

Cronos era um deus da mitologia pré-helênica ao qual se atribuíam funções relacionadas com a agricultura. Mais tarde, os gregos o incluíram em sua cosmogonia, mas lhe conferiram um caráter sinistro e negativo.

Na mitologia grega, Cronos era filho de Urano (o céu) e de Gaia (a terra). Incitado pela mãe e ajudado pelos irmãos, os Titãs, castrou o pai - o que separou o céu da terra - e tornou-se o primeiro rei dos deuses. Seu reinado, porém, era ameaçado por uma profecia segundo a qual um de seus filhos o destronaria. Para que não se cumprisse esse vaticínio, Cronos devorava todos os filhos que lhe dava sua mulher, Réia, até que esta conseguiu salvar Zeus. Este, quando cresceu, arrebatou o trono do pai, conseguiu que ele vomitasse os outros filhos, ainda vivos, e o expulsou do Olimpo, banindo-o para o Tártaro, lugar de tormento.

Segundo a tradição clássica, Cronos simbolizava o tempo e por isso Zeus, ao derrotá-lo, conferira a imortalidade aos deuses. Era representado como um ancião empunhando uma foice e freqüentemente aparecia associado a divindades estrangeiras propensas a sacrifícios humanos. Os romanos assimilaram Cronos a Saturno e dizia-se que, ao fugir do Olimpo, ele levara a agricultura para Roma, com o que recuperava suas primitivas funções agrícolas. Em sua homenagem, celebravam-se as saturnálias, festas rituais relacionadas com a colheita.
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O mito de Cronos oferece elementos simbólicos interessantes a serem explorados para pensar algumas qualidades que o tempo pode assumir, sobretudo como instrumento de poder. A castração de Urano, por exemplo, representa o estancamento da intuição e da criatividade, capazes de antever o futuro. Por outro lado, ao engolir seus filhos, Cronos busca preservar o poder, controlando possibilidades e estabelecendo limites para o futuro. Mas Cronos é incapaz de controlar totalmente as possibilidades do futuro representadas por Zeus, que em silêncio, aguarda uma oportunidade para manifestar-se.
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Segundo Sulivan, Cronos também representa o olhar crítico daquele que avalia possibilidades e limites. Ele simboliza a percepção ou delimitação das circunstâncias temporais. As noções de limitação e delimitação estão em estreita relação com à noção de tempo cronológico.
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Inté...
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