quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Uma Crônica... Uma Data... Uma música...

O vestido

O Carlos chegou em casa com a grande novidade, o Pércio, sim, o Pércio, seu patrão, viria jantar na casa deles. E disse "Olha, Má. Faz aquele teu arroz e usa aquele teu vestido."
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- Qual? - perguntou sua mulher, Marina.
- Aquele com ervilha e...
- Não, qual vestido?
- O preto com o decote.
- Carlinhos, você não...
- O Pércio gostou de você. Me falou: sua mulher, hein? E comentou o vestido.
- Quando?
- Depois da festa na empresa. E olha, ele disse que tem uma coisa importante pra falar comigo. Só pode ser promoção. Só pode.
- Carlinhos...
- Usa o vestido preto.
- Mas não é vestido pra usar em casa!
- Marina. Eu estou te pedindo muito? Não precisa seduzir o cara, pô. Eu ia te pedir isso? Só usa o vestido preto que ele gostou.

Na noite do jantar, Pércio chegou sozinho. Carlos perguntou:
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- Ué, e a patroa?
- Não pode vir. E o nosso assunto... Eu achei que ela, sabe como é.
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O Carlos sabia como era. Sua mulher, Marina, também não gostava quando o assunto era negócios. Na mesa, não falaram em negócios. Até que o Pércio, depois de elogiar o arroz da Marina, beber o que sobrara de vinho no seu copo e também elogiar o vinho, disse que tinha uma coisa muito importante para tratar com o Carlos.

- Aliás - disse, olhando para Marina - nós dois temos uma coisa importante para lhe dizer, não é Marina? Mas Marina não disse nada enquanto Pércio contava ao Carlos que tinha se apaixonado pela sua mulher na primeira vez em que a vira, na festa da firma, que não conseguia tirá-la do seu pensamento, que a procurara, que ela a princípio resistira mas acabara cedendo, que eles se amavam, que ele pretendia se separar da mulher para ficar com Marina e que os dois esperavam que ele, sendo uma pessoa civilizada, aceitasse a situação.

Carlos ficou mudo. Depois de um longo silêncio, Marina falou:
- Trago a sobremesa?

Depois que Pércio se foi, Carlos esbravejava:
- Tinha que usar esse vestido na festa? Tinha?
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(Luís Fernando Veríssimo)
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Porque hoje é dia 3...

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Sinto-me acolhida por esse porto que é o teu corpo
Como quem se lança ao mar apenas por medo de naufragar
Sinto-me plena nessa tua pele ancorada
Como quem inconseqüente se entrega
Sinto-me densa e líquida no instante seguro do teu sexo
Como quem deságua na fluidez dos desejos
e se rende aos prazeres sem se importar com o mundo
Ah... essa minha vontade de ser tua a qualquer custo!
O sal: saliva...
A língua: lágrima!
Sinto-me em ti...arrebatada...
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(mais um Arrebatamento - Sandra Regina Souza)

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Paps queridíssima, baianíssima! Muito, muito, muito obrigada por este presente! Adoro essa música, pois era a da abertura do Seriado Dawson's Creek (1995 - 2003)... seriado por vezes citado aqui, e que as pessoas que acompanham o Matutando a um certo tempo, já sabem que sou xonada nessa extinta novelinha... tenho todos os DVDs, de todas as temporadas... Dawson's Creek faz parte da estória da minha vida!

Paula Cole - I Don...

Mais uma vez, obrigada querida! To muito feliz! Seu presente chegou num dia muito especial! Parece até que adivinhou...hehe...

Recebi um meme da Iara...

Trata-se de: pegar o livro mais próximo; abrí-lo na página 161; procurar a 5ª frase completa; postar a frase no blog; não escolher a melhor frase nem o melhor livro; anotar os dados bibliográficos para consulta e, finalmente, repassar o desafio para cinco blogs.

Pois bem, eis a frase do livro mais próximo a mim, neste momento:

“Essa foi a primeira vez que Hans escapou de mim. Na Grande Guerra.”

Frase de “A Menina que Roubava Livros”, de Markus Zusak.

Ah, confesso que me decepcionei, queria que tivesse uma grande frase e ainda por cima, de impacto... eita, mas, foi essa que saiu né, fazer o que? Agora passo a bola para quem quiser, fiquem à vontade para seguir com o Meme...

Obrigada Iara! Bjos

Inté...

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