terça-feira, 9 de outubro de 2007

Corações Partidos e Mitologia Grega...


Pois é... foi publicado uma pesquisa na revista Archives of Internal Medicine, que o estresse e a ansiedade de relações hostis e cheias de atritos podem aumentar o risco de doenças cardíacas.

Até aí, nada de novidade né?

Mas a pesquisa foi feita para provar que “coração partido” pode matar. Isso mesmo! Já vimos muito em filmes de romances, mocinhas e mocinhos definhando de amor... lembram de “A Época da Inocência”? Ou de, "Razão e Sensibilidade"? Se bem que neste último, a mocinha consegue se recompor no final do filme, se apaixona por um cara que presta, é super correspondida e não morre...

Agora foi provado mesmo! Médicos fizeram um estudo com 9.000 funcionários públicos britânicos e confirmaram que é possível morrer devido a uma desilusão amorosa.
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Se o estudo tivesse sido feito aqui no Brasil, com funcionários públicos, eles descobririam que é possível morrer também, de desgosto e de raiva no fim do mês, quando a grana acaba e no início do mês quando o salário não dá pra quase nada, né mesmo?
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Então, para quem teve o seu coração dilacerado pelas agruras do amor, a chance de enfarto ou de dores no peito cresce 34 por cento, em comparação às pessoas que se dão bem com os cônjuges ou parceiros.
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De acordo com os pesquisadores, a condição cardíaca de uma pessoa parece ser influenciada por relações íntimas negativas.
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"Demonstramos que os aspectos negativos de relacionamentos íntimos estão associados a doenças coronarianas."
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Outras pesquisas já haviam demonstrado que boas conexões sociais têm um "efeito protetor" contra doenças cardíacas, mas poucos estudos avaliaram como amizades e casamentos afetavam a saúde (isso pra mim, não é novidade nenhuma...hehe...).
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Então, o jeito é confiar no coração e rezar pra ele não falhar quando mais se precisa que ele fique bem, né?
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Poisé, poisé, poisé...
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Fonte: aqui!


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Continuando com a sessão “Mitologia Grega”, hoje o Matutando conta a estória de Asclépio/Esculápio...

O culto a Asclépio/Esculápio, deus greco-romano da medicina, teve muito prestígio no mundo antigo, quando seus santuários converteram-se em sanatórios.
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Ele era filho do deus Apolo e da mortal Corônis, bela princesa da Tessália, por quem Apolo ficou perdidamente apaixonado.
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Mas Coronis tinha coração leve e perdeu o interesse por Apolo depressa. O filho dos dois nem tinha nascido e ela, mesmo assim, se envolveu com Ischus, filho de Caineus. Um corvo que presenciou a cena apressou-se a ir a Delfos contar a Apolo. Frustrado e sentindo-se traído, Apolo amaldiçoou os corvos, tornando-os para sempre negros. Recolheu-se na sua mágoa durante bastante tempo, o que a sua irmã gêmea Artemis (Diana) estranhou.
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Quando a Deusa da Caça tomou conhecimento do que se passara ficou furiosa com Coronis e matou-a com uma das suas flechas. Apolo presenciou tudo, mas não agiu até que Coronis estava na pira funerária, sendo queimada com o filho dos dois no ventre. De imediato o Deus recolheu o bebê do ventre de corônis e o levou até ao centauro Quíron para que este o criasse e educasse. E assim nasceu Asclépio, para grande alegria dos mortais.
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Ainda apaixonado pela princesa, Apolo colocou-a entre as estrelas como a constelação corvo, homenageando também os corvos por estarem tão atentos, arrependendo-se do que fizera com eles.
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Asclépio crescia e aprendia as artes da caça e da cura com o centauro Quíron. Tornou-se mestre nesta última, tendo um talento natural herdado do pai, o médico dos deuses, acabando por inventar a medicina e curando imensos males. Com o avançar do seu conhecimento sobre o corpo humano e a medicina, recebeu de Atena um frasco com sangue da Górgona que podia usar para curar ou para matar os homens.
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Asclépio apaixonou-se por Epione, que mais tarde se tornaria a deusa que alivia as dores, deusa da anestesia, e casou com ela. Tiveram dois rapazes, Machaon e Podalírio, que foram os médicos dos gregos na Guerra de Tróia, e quatro filhas, Hígia, Iaso, Panaceia e Aqueso, que viriam a ser as deusas da saúde, dos curativos, da cura e do processo da cura, respectivamente.
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Mas a mestria de Asclépio tornou-se perigosamente grande – o príncipe começou a ressuscitar os mortos e, temendo que este conhecimento passasse para os homens, Zeus fulminou-o com um relâmpago enviando-o para o Hades de onde ele tinha tirado tantas almas.
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O culto a Asclépio era bastante forte na antiguidade, existindo diversos templos dedicado a este deus e à sua veneração, templos a que os devotos recorriam quando tinham problemas de saúde e eram assistidos pelos sacerdotes. Era costume ofertar uma imagem do membro em que tinham problemas como se estivesse saudável (por exemplo, uma perna para uma perna partida).
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Era também patrono dos médicos e sua figura aparecia nos ritos místicos de Elêusis. Na época clássica, Esculápio era representado, quer sozinho, quer com sua filha Higia (a saúde), como um homem barbudo, de olhar sereno, com o ombro direito descoberto e o braço esquerdo apoiado em um bastão, o caduceu, em volta do qual se enroscam duas serpentes, e que se transformou no símbolo da medicina.
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A prática mais importante associada com as curas de Esculápio, era o ritual da incubação, em que as pessoas aflitas eram adormecidas dentro de um templo ou cerco sagrado na esperança de que o deus viesse ter com eles em seus sonhos e prescrevesse a cura para suas doenças.

Além das ofertas comuns e das estatuetas de barro que as pessoas ofereciam, Platão informa que uma oferenda comum a Asclépio era o galo. E cita que o último desejo, e também as últimas palavras, de Sócrates foram que sacrificassem um galo a Asclépio que ele (Sócrates) Lhe devia.
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Inté...