
As meninas que estão fazendo campanha pra posar nua na Playboy, estão levando tudo muito a sério, nada de brincadeira... parte da comunidade blogueira do Brasil quer mostrar seu poder e tentar convencer a revista a publicar um ensaio nu com uma das moças que participa do grupo. Diversas campanhas estão sendo veiculadas em inúmeros blogs pelo Brasil a fora.
Uma das meninas, a Luiza, está tendo o incentivo do namorado, inclusive, foi o próprio que iniciou esta campanha para que sua musa seja capa da Payboy.
Tem uma outra, a Madame Bela (foto ilustrando o post), que pelo que li, já é famosa no meio virtual. Ela própria lançou sua campanha. No seu blog ela relata suas experiências sexuais e se mostra em fotos pra lá de calientes. Por conta disso, tem muita gente dizendo que ela já mostrou quase tudo no seu blog e que não teria graça vê-la nas páginas da revista... Será?
Têm outras meninas na disputa. E pra serem escolhidas, as blogueiras pedem que seus fãs reproduzam as capas (que elas criaram, simulando a capa da Playboy) em seus blogs e mandem email pra revista.
Mas, uma blogueira já saiu na frente. Trata-se de Cris Zimermann, que não faz parte da campanha, e mesmo assim, dizem que ela foi convidada formalmente, pelo diretor da revista, Edson Aran, para posar nuazinha...
Quem é frequente aqui no Matutando, já conhece a Mariza Lourenço, escritora talentosíssima, de quem eu "peguei" alguns textos e postei aqui... pra quem ainda não leu, leia e quem quiser reler, veja aqui. São estes: O Padre, O Trem, Do Amor ... aproveitem, são ótimos! Visitem o seu blog, lá tem muito mais. Ah, e comentem pessoal... o endereço está linkado aí, no nome dela.
Pois bem, agora a Mariza veio ao Matutando nos convidar para conhecermos a revista, Germina, da qual ela é uma das editoras. Está atualizadíssimo! Vamos lá dar uma conferida pessoal...
E, para dar uma mostra do que tem de bom por lá, um texto do Xico Sá.
Sim, homem é frouxo, só usa vírgula, no máximo um ponto e virgula; jamais um ponto final.
Sim, o amor acaba, como sentenciou a mais bela das crônicas de Paulo Mendes Campos: "Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar...".
Acaba, mas só as mulheres têm a coragem de pingar o ponto da caneta-tinteiro do amor. E pronto. Às vezes com três exclamações, como nas manchetes sangrentas de antigamente, SANGUE, SANGUE, SANGUE!!!
Sem reticências...
Mesmo, em algumas ocasiões, contra a vontade. Sábias, sabem que não faz sentido a prorrogação, os pênaltis, deixar o destino decidir na morte súbita.
O homem até cria motivos a mais para que a mulher diga basta, chega, é o fim!!!
O macho pode até sair para comprar cigarro na esquina e nunca mais voltar. E sair por ai dando baforadas aflitas no king-size do abandono, no cigarro sem filtro da covardia e do desamor.
Mulher se acaba, mas diz na lata, sem mané-metáfora.
Melhor mesmo para os dois lados, é que haja o maior barraco. Um quebra-quebra miserável, celular contra a parede, controle remoto no teto, óculos na maré, acusações mútuas, o diabo-a-quatro.
O amor, se é amor, não se acaba de forma civilizada.
Nem aqui nem Suécia.
Se ama de verdade, nem o mais frio dos esquimós consegue escrever o "the end" sem pelo menos uma discussão calorosa.
Fim de amor sem baixarias é o atestado, com reconhecimento de firma e carimbo do cartório, de que o amor ali não mais estava.
O mais frio, o mais "cool" dos ingleses estrebucha e fura o disco dos Smiths, I Am Human, sim, demasiadamente humano esse barraco sem fim.
O que não pode é sair por ai assobiando, camisa aberta, relax, chutando as tampinhas da indiferença para dentro dos bueiros das calçadas e do tempo.
O fim do amor exige uma viuvez, um luto, não pode simplesmente pular o muro do reino da Carençolândia para exilar-se, com mala e cuia, com a primeira criatura ou com o primeiro traste que aparece pela frente.
E vamos ficando por aqui, pois já derrapei na curva da auto-ajuda como uma Kombi velha na Serra do Mar... e já já descambarei, eu me conheço, para o mundo picareta de Paulo Coelho. Vade retro.
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E aí, gostaram?
Eu adorei!
Inté...
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